Desmatamento








Desde o início da colonização do Brasil, as florestas da região costeira vêm sendo derrubadas. A intensificação do desmatamento se acentuou a partir de 1920, após o término da I Grande Guerra, com a vinda de imigrantes, especialmente da Europa. Além do prosseguimento da derrubada das árvores da Mata Atlântica, ocorreu a destruição avassaladora dos pinheirais da região Sul do país.

Os técnicos florestais estimam que o desmatamento, em todo o território é superior a 300 milhões de hectares de matas.

Desmatamento na Amazônia


A floresta Amazônica continua a ser uma das maiores do planeta. Quanto à biodiversidade, não há floresta no mundo comparável a ela, com uma flora riquíssima - mais de 30 mil espécies de plantas -, que inclui um terço de toda a madeira tropical disponível no mundo. AAmazônia brasileira já perdeu 13,31% da mata original, o equivalente ao território da França.

Os fazendeiros e colonos derrubam a floresta para plantar pastagens, vendendo as árvores cortadas às madeireiras. Estas, especialmente as que trabalham na clandestinidade, atuam como parceiras no processo de destruição, ao viabilizar o desmatamento nas propriedades rurais, embora também ajam isoladamente em várias áreas da floresta.

O desmatamento e as queimadas da região Amazônica constituíram as mais sérias preocupações dos ambientalistas nas últimas décadas, por acarretar desequilíbrios imprevisíveis ao ambiente, com conseqüências desconhecidas. Fortes desmatamentos estão ocorrendo na margem esquerda do Rio Amazonas, ao longo da estrada que sai de Oriximiná em direção a Prainha, passando por Óbidos, Alenquer e Monte Alegre, no Pará.

O ataque dos predadores à região se dá também pelo oeste, vindo de Novo Progresso, pólo madeireiro às margens da rodovia Cuiabá-Santarém (BR-163).

Além da imensa perda de biodiversidade e da ameaça a povos e culturas tradicionais, o desmatamento afeta o ciclo das águas e adiciona, segundo o Instituto de Pesquisa da Amazônia (Ipam), 200 milhões de toneladas de carbono à atmosfera anualmente, transformando o Brasil num dos 10 maiores vilões responsáveis pelo aquecimento global.

Permitir a continuidade do desmatamento significa condenar a Amazônia ao atraso econômico, à crise social e ao desastre ambiental. Até hoje, aproximadamente dois terços da Amazônia permanecem como floresta virgem e ainda podem ser preservados