Todo mundo pode mais, em diversas áreas. E o CDI preparou algumas dicas de ações para abordar um tema atual e preocupante, que envolve sustentabilidade tecnológica e ambiental: o aumento do lixo eletrônico. Um recente relatório das Nações Unidas revelou que o Brasil é o país emergente que produz o maior volume de lixo eletrônico por habitante. Usar a tecnologia é bom e todo mundo gosta. Mas o cuidado e a responsabilidade podem fazer toda a diferença.
* Na hora da compra
Busque produtos de fabricantes que mantêm boa conduta ambiental na concepção e na destinação de seus produtos. Um bom indicativo é conferir se a empresa tem alguma certificação da série ISO 14.000, que trata de questões de gestão ambiental, ou ainda se oferece aos consumidores finais programas de logística reversa e reciclagem.
* Eficiência energética
Fique de olho também no consumo energético de seus equipamentos. Escolha aqueles que usam energia da maneira mais eficiente. Desligue eletroeletrônicos que não estiverem em uso. Reduza o brilho do monitor, desligue o computador na hora de dormir, carregue o celular somente durante o tempo necessário,
* Reduzir o consumo
Mantenha uma relação utilitária, não consumista, com a tecnologia. Não compre celular novo se o velho ainda funciona. Não adquira novo computador só porque surgiu um mais moderno no mercado. E, principalmente, antes de descartar uma máquina, confira se ela pode ser consertada e continuar em uso.
* Reaproveitar
Antes de pensar em enviar seu aparelho para o lixo, que tal doar aqueles que ainda funcionam para instituições e pessoas que possam utilizá-los? Procure ONGs, associações comunitárias, um amigo, funcionário ou até o poder público e ofereça como doação. Assim você garante que a máquina ainda seja útil a alguém.
* Descarte
Se realmente for necessário se desfazer de seu aparelho, procure centros especializados que possam cuidar do desmonte adequado do equipamento, separando os componentes, ou encaminhar para reciclagem.
* Informe-se e monitore
Entenda como se dá uma verdadeira reciclagem de computadores, processo de alta complexidade e custo [confira em Saiba Mais]. Antes de doar para uma instituição de reciclagem, certifique-se sobre o que é feito com o material doado, peça licença ambiental, fotos, certificados. Afinal, o que você joga fora não desaparece, só muda de lugar. Não deixe que esse lugar seja um lixão.
* Não desanime
Fazer consertos, pesquisar, doar para quem precisa, buscar instituições ambientalmente corretas, saber o que as empresas estão fazendo para serem mais sustentáveis... tudo isso dá trabalho, mas é fundamental não desanimar!
* Controle cidadão
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi sancionada no dia 2 de agosto de 2010 pelo governo federal e sua regulamentação está sendo discutida dentro do Ministério do Meio Ambiente. O texto estabelece responsabilidade compartilhada entre setor produtivo, poder público o consumidor final, além da obrigatoriedade de logística reversa para diversos setores econômicos, adotando o conceito dos 3Rs – Reciclar, Reduzir e Reutilizar.
* Mobilize
Ajude a disseminar os benefícios do consumo equilibrado e do descarte apropriado para a qualidade de vida e do meio ambiente. Dê exemplo e incentive outras pessoas a fazer o mesmo.
Saiba mais
Uma verdadeira reciclagem de computadores tem alta complexidade e custo, mas é o único caminho seguro contra riscos e danos ambientais. O processo ideal deve envolver desmontagem, separação dos componentes de acordo com o tipo, reaproveitamento daqueles ainda úteis e encaminhamento dos demais para reciclagem. É importante que, durante o processo de desmonte e reciclagem, os aparelhos não vão parar em lixões. Quando isso acontece, substâncias tóxicas presentes nesses componentes podem ser levadas pela água da chuva, contaminando solos, lençóis freáticos, corpos d'água e animais, com sérias consequências para a saúde humana e a natureza.
Procure informações sobre os programas de reciclagem oferecidos pelas empresas de tecnologia.