Carta do presidente
2009, crescimento sustentável supera a crise
É inegável que, nos seus 122 anos de história e particularmente nos seus 45 anos de vivência no Brasil, a Alcoa nunca enfrentou tantos desafios como em 2009. A ponto de muitos analistas definirem a recessão mundial de 2008/2009 como uma das mais severas na história recente. E essa grave crise afetou fortemente a indústria de alumínio: num espaço de seis meses vimos o preço por tonelada do alumínio despencar para menos de 60% do valor anteriormente praticado. Mais ainda, as graves repercussões dessa crise no mercado financeiro apanharam nossa Companhia no Brasil em plena execução do maior programa de investimento que a Alcoa já realizou num único país. Mas, com enorme satisfação, informo que a Alcoa Alumínio S.A., apesar de todos esses desafios, prosseguiu no seu caminho de crescimento sustentável, atingindo marcos importantes nas questões de responsabilidade ambiental, justiça social e sucesso econômico. A evidência material desse crescimento sustentável está na inauguração de dois megaprojetos, ambos de caráter estruturante: a Mina de Bauxita de Juruti, no Estado do Pará; e a Expansão da Refinaria de Alumina de São Luís, no Estado do Maranhão. Mais ainda, em 2009 a Alcoa prosseguiu, com seus parceiros, na construção de mais duas usinas hidrelétricas, Serra do Facão e Estreito, que, com Machadinho e Barra Grande, fornecerão aproximadamente 70% das nossas necessidades de energia elétrica no Brasil. Tão importante quanto o resultado material dessas iniciativas de crescimento foi a forma pela qual esses projetos foram levados adiante. Em todos os casos a Alcoa demonstrou que crescimento responsável é possível sim, tornando realidade o engajamento dos stakeholders, além de buscar, de forma inteligente e agressiva, a minimização da nossa pegada ambiental. Em vários momentos e oportunidades ocorreram, nesse sentido, reconhecimentos de respeitáveis organizações e entidades que muito nos orgulharam. Mas não foi só nos megaprojetos estruturantes que a Alcoa demonstrou seu compromisso com a sustentabilidade. Em todas as localidades trabalhamos fortemente no diálogo com partes interessadas; nem sempre concordávamos em tudo, mas sempre escutamos com respeito e criamos um vínculo que sem dúvida prosperará no futuro. Focamos todas as nossas localidades no desenvolvimento local e regional. Trabalhamos na gestão e no desenvolvimento de pessoas e, em particular, nas relações de trabalho. Lançamos há pouco um Programa de Compras Sustentáveis, além de um Comitê de Inovação.
Trabalhamos incessantemente sobre o acesso à energia e seu uso eficiente e aprofundamos a nossa gestão ambiental de resíduos, efluentes e emissões. Buscamos de forma incansável a conservação dos recursos naturais e da biodiversidade. Não passamos incólumes pelos desafios de 2009. Optamos, já ao final de 2008, pelo desligamento temporário de uma das linhas de produção de alumínio da Unidade de Poços de Caldas, no Estado de Minas Gerais, o que reduziu em um terço a produção dessa fábrica. Sempre que possível buscamos a preservação dos empregos, pois realmente entendemos que os Alcoanos e Alcoanas fazem a diferença. Nesse sentido fomos beneficiados pelo ambiente macroeconômico brasileiro, pois, pela primeira vez em décadas, o Brasil saiu na frente dessa crise, com taxas de crescimento invejadas pelo chamado mundo industrializado. Globalmente, a Alcoa apresentou uma nova forma de visualizar a sustentabilidade dos negócios, focada em recursos, operações e produtos. E apoiamos ativamente o WBCSD-World Business Council for Sustainable Development na construção da Visão 2050, que aponta a direção para a qual nossa sociedade gostaria de caminhar. Participamos da COP-15-Conferência das Partes, realizada em Dezembro de 2009 em Copenhague, Dinamarca, e ficamos, como a maior parte do mundo, desapontados com os efeitos do encontro, mas cientes de que as questões ali debatidas continuam sendo importantes. Olhando para a frente, ainda temos grandes desafios. O maior deles é estabilizar o funcionamento das novas unidades industriais. São operações complexas, repletas de inter-relações; e fazer essas relações funcionar a contento não é tarefa fácil. O Brasil possui a terceira maior reserva de bauxita do mundo e diversas oportunidades de investimentos em energia elétrica limpa e de fonte renovável. É também nosso desafio continuar prospectando novas chances de crescimento sustentável. Estamos empenhados ainda em deixar a nossa estratégia de sustentabilidade mais clara. Temos trabalhado de maneira intensa para alinhar internamente os Valores ligados ao meio ambiente e à responsabilidade social e para aprofundar o diálogo com nossos stakeholders. Sabemos que dialogar é fundamental e temos nos esforçado para isso. Gostaria, a propósito, de aproveitar este espaço para agradecer a todos os stakeholders que participaram da rodada de escuta que fizemos no início de 2010, descrita neste relatório. Em conclusão, se 2009 foi, enfim, um ano desafiador, foi sobretudo o marco de mais um novo começo. E um reflexo disso está em suas mãos. Optamos neste ano por fazer um relatório de sustentabilidade mais enxuto, mas que dê ao leitor a chance de buscar outras fontes de informação conectadas aos assuntos aqui apresentados, e, pela primeira vez, com os dados socioambientais auditados. Espero que esta publicação possibilite a todos conhecer melhor nossas ações e compromissos. Boa leitura!
Trabalhamos incessantemente sobre o acesso à energia e seu uso eficiente e aprofundamos a nossa gestão ambiental de resíduos, efluentes e emissões. Buscamos de forma incansável a conservação dos recursos naturais e da biodiversidade. Não passamos incólumes pelos desafios de 2009. Optamos, já ao final de 2008, pelo desligamento temporário de uma das linhas de produção de alumínio da Unidade de Poços de Caldas, no Estado de Minas Gerais, o que reduziu em um terço a produção dessa fábrica. Sempre que possível buscamos a preservação dos empregos, pois realmente entendemos que os Alcoanos e Alcoanas fazem a diferença. Nesse sentido fomos beneficiados pelo ambiente macroeconômico brasileiro, pois, pela primeira vez em décadas, o Brasil saiu na frente dessa crise, com taxas de crescimento invejadas pelo chamado mundo industrializado. Globalmente, a Alcoa apresentou uma nova forma de visualizar a sustentabilidade dos negócios, focada em recursos, operações e produtos. E apoiamos ativamente o WBCSD-World Business Council for Sustainable Development na construção da Visão 2050, que aponta a direção para a qual nossa sociedade gostaria de caminhar. Participamos da COP-15-Conferência das Partes, realizada em Dezembro de 2009 em Copenhague, Dinamarca, e ficamos, como a maior parte do mundo, desapontados com os efeitos do encontro, mas cientes de que as questões ali debatidas continuam sendo importantes. Olhando para a frente, ainda temos grandes desafios. O maior deles é estabilizar o funcionamento das novas unidades industriais. São operações complexas, repletas de inter-relações; e fazer essas relações funcionar a contento não é tarefa fácil. O Brasil possui a terceira maior reserva de bauxita do mundo e diversas oportunidades de investimentos em energia elétrica limpa e de fonte renovável. É também nosso desafio continuar prospectando novas chances de crescimento sustentável. Estamos empenhados ainda em deixar a nossa estratégia de sustentabilidade mais clara. Temos trabalhado de maneira intensa para alinhar internamente os Valores ligados ao meio ambiente e à responsabilidade social e para aprofundar o diálogo com nossos stakeholders. Sabemos que dialogar é fundamental e temos nos esforçado para isso. Gostaria, a propósito, de aproveitar este espaço para agradecer a todos os stakeholders que participaram da rodada de escuta que fizemos no início de 2010, descrita neste relatório. Em conclusão, se 2009 foi, enfim, um ano desafiador, foi sobretudo o marco de mais um novo começo. E um reflexo disso está em suas mãos. Optamos neste ano por fazer um relatório de sustentabilidade mais enxuto, mas que dê ao leitor a chance de buscar outras fontes de informação conectadas aos assuntos aqui apresentados, e, pela primeira vez, com os dados socioambientais auditados. Espero que esta publicação possibilite a todos conhecer melhor nossas ações e compromissos. Boa leitura!